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Ex-chefe do Exército nomeado por Lula nega ter recebido oferta de general para dar golpe

Depoimento de Júlio César de Arruda ao STF desmente planos de golpe envolvendo Lula e revela tensões no comando do Exército. Ao ser interrogado, o ex-comandante nega expulsão de oficiais e resistência em ações policiais durante a invasão aos Três Poderes.

Ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda depôs ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suposto plano de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

No depoimento, Arruda negou ter discutido a possibilidade de golpe com o general Mário Fernandes, que o procurou antes de sua posse. Ele informou que expulsou Fernandes e dois coronéis do seu gabinete.

Sobre a nomeação do tenente-coronel Mauro Cid, Arruda afirmou que a decisão de mantê-lo em posição foi devido à sua já longa designação. Porém, sua saída do comando do Exército se deu por quebra de confiança com o governo.

Lula expressou irritação com a resistência no Exército para permitir prisões durante a invasão aos Três Poderes. Arruda também rechaçou a acusação de ter impedido a entrada da PM no acampamento bolsonarista.

Durante a audiência, algumas testemunhas relataram não conhecer qualquer plano de golpe e elogiaram o comportamento de Cid. O depoimento durou pouco mais de uma hora e incluiu relatos de militares que trabalharam com ele.

Ministro do STF, Alexandre de Moraes, conduziu a audiência, enquanto o procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou Arruda sobre as acusações. Arruda aqui enfatizou um clima de nervosismo, mas não se recordou de ter sido agressivo em suas afirmações.

Os detalhes do caso e do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que envolvia ações contra líderes políticos, continuam sendo investigados.

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