HOME FEEDBACK

Ex-chefe do Exército de Lula nega ter recebido oferta de general para dar golpe

Ex-comandante do Exército nega envolvimento em suposto golpe de Estado contra a posse de Lula. Depoimentos apontam resistência militar durante ações da Polícia Militar em janeiro.

Ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda confirmou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que se reuniu com o general de brigada Mário Fernandes e negou discussão sobre um golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Arruda, ouvido como testemunha no processo contra Jair Bolsonaro, afirmou que Mário o procurou em dezembro de 2022 para pressioná-lo a agir contra a posse de Lula, mas que teria expulsado Mário e dois coronéis de seu gabinete, embora negasse essa expulsão durante o depoimento.

Mário Fernandes é considerado autor do plano "Punhal Verde e Amarelo", que visava atacar Lula e outros líderes em dezembro de 2022. Arruda, general da reserva, ocupou o comando do Exército por apenas 21 dias.

A saída de Arruda do comando foi atribuída a uma quebra de confiança com o governo Lula e a resistência em exonerar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, pressionado para não assumir um cargo no Exército.

Durante o depoimento, Arruda também negou ter impedido a entrada da Polícia Militar em um acampamento de bolsonaristas em 8 de janeiro, afirmando que sua intenção era acalmar a situação. O ministro Alexandre de Moraes lembrou depoimentos que contradisseram Arruda.

A audiência, que durou pouco mais de uma hora, ouviu testemunhas que afirmaram desconhecer planos de golpe e elogiaram a conduta de Cid. O clima entre os envolvidos ficou tenso devido a defeitos nas defesas apresentadas.

Leia mais em infomoney