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Ex-chefe da Aeronáutica reafirma apoio da Marinha em suposta trama golpista

Depoimento do ex-comandante da Aeronáutica revela pressões internas e planos de golpe durante a transição de poder. Baptista Junior e Freire Gomes se opuseram a Jair Bolsonaro, enquanto Almir Garnier ofereceu apoio militar ao ex-presidente.

Ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Junior, depôs no STF em 21 de novembro, afirmando que o almirante Almir Garnier ofereceu suas tropas a Jair Bolsonaro para um intento golpista.

Baptista Junior destacou que essa postura nunca foi compartilhada por ele nem pelo general Marco Antônio Freire Gomes, que tentaram dissuadir o presidente da ideia de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o depoimento, Baptista Junior mencionou que Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro caso uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) fosse decretada. A conversa ocorreu no Palácio da Alvorada, também em novembro de 2022.

Baptista Junior criticou um documento apresentado por Paulo Sérgio de Oliveira, então ministro da Defesa, que previa o uso de medidas para impedir a posse de Lula. Ele se opôs à proposta e pediu que não lhe fosse apresentado o documento.

O ex-comandante relatou que houve discussões sobre medidas como GLO, Estado de Defesa e Estado de Sítio, em reuniões que buscavam soluções para uma suposta “crise institucional”. O então ministro da Justiça, Anderson Torres, estava entre os participantes.

Em uma reunião entre 1º e 14 de novembro, discutiu-se até a prisão de Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Baptista Junior questionou a viabilidade da ideia, ressaltando que seria ineficaz.

Ele também alertou o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que a FAB não apoiaria uma tentativa de golpe, enfatizando a importância da normalidade institucional.

Com informações do Estadão Conteúdo

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