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Ex-assessor de Bolsonaro diz que Cid criou codinome para Moraes

Coronel revela que tenente-coronel Mauro Cid iniciou uso do apelido "professora" para Alexandre de Moraes. Depoimento contradiz versão de Cid e gera novas dúvidas sobre o monitoramento de autoridades.

Coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, depôs ao STF sobre o uso do apelido “professora” para o ministro Alexandre de Moraes.

Durante o interrogatório, realizado em 24.jul.2025, Câmara declarou que o tenente-coronel Mauro Cid foi o criador do termo e que ele apenas "entrou na brincadeira". Essa afirmação contradiz o que Cid disse em sua delação premiada, alegando que o codinome ocultava conversas relacionadas ao ministro.

Câmara é acusado pela PGR de coordenar ações de monitoramento de autoridades, ao lado de Mário Fernandes. Ele admitiu ter repassado informações sobre a agenda de Moraes a Cid.

Ele citou uma troca de mensagens sobre o trajeto de Moraes no dia da diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva, explicando que estas práticas eram comuns no cerimonial.

Câmara negou qualquer atividade ilícita, afirmando que nunca participou de organização criminosa e se referindo ao seu trabalho como apenas um ajuste de agenda.

No entanto, ele não esclareceu à subprocuradora Gabriela Starling como obtinha as informações sobre os deslocamentos do ministro, alegando que o cerimonial frequentemente compartilhava dados.

Ele também negou ter lido qualquer ministério golpista, apesar de mensagens mencionando preocupações jurídicas sobre um documento. Câmara defendeu suas ações como não ilegais, afirmando que monitoramento não é um crime.

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