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Ex-ajudante de Bolsonaro nega monitoramento ilegal de Moraes em julgamento no STF

Defesa de coronel Marcelo Costa Câmara nega monitoramento ilegal e atribui informações obtidas a fontes abertas. O júri do STF avaliará a participação do militar na tentativa de golpe de Estado e outras acusações graves.

Advogado defende coronel Marcelo Costa Câmara contra acusações de monitoramento ilegal do ministro Alexandre de Moraes.

No início do julgamento em que o militar pode se tornar réu por suposta participação na tentativa de golpe de Estado, Eduardo Kuntz afirmou que não houve monitoramento, apenas “ajuste necessário de agendas”.

Kuntz alegou que informações sobre os deslocamentos de Moraes foram obtidas através de “fontes abertas” na internet, sem quebra de sigilo. Ele também pediu desculpas pela referência equivocada a Moraes como “professora”.

A defesa negou qualquer vínculo de Câmara com o plano Punhal Verde Amarelo, que visava assassinar autoridades, e ressaltou que não há indícios de planejamento golpista nos dispositivos eletrônicos apreendidos.

A Primeira Turma do STF deu início ao julgamento de seis investigados no “núcleo de gerenciamento” da tentativa de golpe de 2022, que inclui:

  • Marcelo Costa Câmara – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Filipe Martins – ex-assessor internacional da Presidência;
  • Silvinei Vasques – ex-diretor da PRF;
  • Marília Ferreira de Alencar – ex-diretora de Inteligência do MJ;
  • Fernando de Sousa Oliveira – delegado da PF;
  • Mário Fernandes – general da reserva.

A denúncia da PGR afirma que o grupo utilizou estruturas do Estado para dificultar a votação durante o segundo turno das eleições de 2022.

Se acolhida, será instaurada uma ação penal contra os acusados, com nova fase de coleta de provas e depoimentos.

O STF já tornou réus os integrantes do “núcleo 1”, incluindo Jair Bolsonaro. Outros dois núcleos estão previstos para julgamento em maio.

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