Evidências de recessão começam a se acumular nos EUA
Caos tarifário e incertezas econômicas causadas por Donald Trump levam empresas a adiar investimentos e prever lucros menores. A situação atual gera preocupações de uma possível recessão entre analistas de Wall Street.
Atividade econômica dos EUA enfrenta impactos do caos tarifário e incertezas criadas por Donald Trump.
Empresas estão postergando compras, adiando investimentos e projetando lucros menores. O índice de confiança dos CEOs é o mais baixo desde 2009.
A venda de caminhões caiu ao seu menor nível desde a pandemia. Torsten Slok, economista-chefe da Apollo Global Management, diz que “guerras comerciais são como um choque de estagflação.”
Estagflação = inflação elevada + PIB estagnado; essa é a melhor previsão para a economia americana, segundo analistas de Wall Street.
Relatórios indicam queda nas encomendas, revisão do capex e sinal amarelo para vendas e lucros. Os consumidores reduziram gastos com viagens e turismo, e mais de 11% pagam apenas o mínimo em faturas de cartões – o maior percentual histórico.
O número de casas novas não vendidas subiu para 119 mil, o maior desde julho de 2009, representando 12% do total de novas residências, o maior desde 2012.
Goldman Sachs observa que tarifas são como aumento de impostos, afetando condições financeiras e ampliando incertezas. O custo de produção deve subir entre 5% e 15% para as empresas americanas.
‘Incerteza’ é a palavra-chave, segundo o Citi. Muitos investidores esperam recessão por conta da guerra tarifária.
O índice de atividade industrial do Federal Reserve de Dallas caiu ao menor nível em cinco anos, indicando problemas econômicos.
O movimento de cargas marítimas entre a Ásia e os EUA está em queda, com expectativas de prateleiras vazias nas lojas, semelhante ao que ocorreu na pandemia.
Tarifas de até 145% nas mercadorias chinesas reduziram em um terço o movimento de contêineres no porto de Los Angeles. A previsão de desembarque de contêineres da China caiu 45% desde abril de 2024.
Comerciantes estão queimando estoques até que haja definição sobre tarifas. O custo de frete subiu 15% do Vietnã e caiu 27% do transporte originário da China.