Europa se prepara para inundação de produtos chineses após tarifas dos EUA
Analistas indicam que o aumento das tarifas dos EUA pode impulsionar uma onda de importações chinesas com descontos na Europa. Bruxelas já se prepara para implementar medidas de salvaguarda para proteger suas indústrias locais.
Inundação de importações chinesas com desconto ameaça economia da Europa
Analistas alertam que uma avalanche de produtos baratos da China pode piorar os riscos econômicos para a Europa, devido às tarifas de Donald Trump.
A Comissão Europeia se prepara para novas tarifas de emergência em resposta ao influxo de produtos asiáticos, incluindo bens elétricos e máquinas. A tarifa de 20% dos EUA sobre produtos da UE já afeta os fabricantes do bloco.
Os impactos dessas tarifas levam a um temor de que os fabricantes chineses direcionem suas vendas para a Europa, devido às barreiras tarifárias nos EUA.
Um diplomata da UE afirmou que medidas de salvaguarda serão necessárias e que as tarifas sobre veículos elétricos chineses já estão em até 35%.
A administração Trump elevou a taxa efetiva de tarifas dos EUA, a mais alta desde 1909. A China enfrenta uma tarifa recíproca de 34% e outras medidas contra países como o Vietnã.
Emmanuel Macron alertou que tarifas aumentadas poderiam provocar redirecionamento de produtos para a Europa, com “consequências massivas” para as indústrias locais. Analistas indicam que o risco de dumping de produtos chineses na Europa é alto, afetando a inflação e possivelmente levando a cortes nas taxas de juros.
A UE já enfrentou pressões similares em 2018 e pode implementar novamente tarifas sobre importações, caso necessário. Contudo, a experiência anterior mostra as dificuldades em combater a produção subsidiada da China.
Axel Eggert, da Eurofer, destaca as limitações das salvaguardas da UE, e Clemens Fuest adverte que os tributos aumentados de Trump podem pressionar ainda mais os fabricantes alemães. A economia da Alemanha já está estagnada, e as tarifas podem levar a uma nova contração.
O cenário atual é descrito como um “pesadelo econômico” para a Europa, conforme análises e relatórios crescem sobre o impacto potencial.