Europa pede contenção a Israel e Irã após ataques
A diplomacia europeia se intensifica em resposta aos ataques israelenses ao Irã, com líderes discutindo a segurança e a contenção da tensão na região. Enquanto Israel busca apoio internacional, preocupa-se com as repercussões de suas ações no cenário global.
A Europa amanheceu nesta sexta-feira (13) sob intensa troca de comunicações após o ataque de Israel a alvos no Irã na véspera.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, dialogou com vários líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Sa’ar informou a Kaja Kallas, chefe da política externa da UE, que o Irã está se tornando "o maior fabricante de mísseis do mundo", o que aumenta o risco para a Europa.
Ao chanceler francês Jean-Noël Barrot, ele destacou que a operação continuará até que a “ameaça existencial a Israel” seja eliminada.
Em resposta, Emmanuel Macron condenou o programa nuclear iraniano e reafirmou o direito de Israel à autodefesa, pedindo “máxima contenção” para evitar instabilidade regional.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também instou todas as partes à "máxima contenção" e a absterem-se de retaliar.
O diálogo entre líderes foi intenso, com Macron, Friedrich Merz e Keir Starmer se comunicando logo pela manhã, e Netanyahu relatando os ataques ao primeiro-ministro alemão.
O presidente americano Donald Trump afirmou estar ciente dos planos israelenses, enquanto o secretário de Estado Marco Rubio esclareceu que os EUA não estavam envolvidos nos ataques.
A relação entre Alemanha e Israel estava tensa devido à assistência humanitária em Gaza. O chanceler Johann Wadephul reafirmou o compromisso da Alemanha com Israel, mas pediu a assistência à população palestina.
Netanyahu conversou também com Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, e planejou contatar Trump e Vladimir Putin.
O governo israelense declarou que os líderes entendem a necessidade de Israel se defender contra a ameaça iraniana.
Netanyahu se prepara para a reunião do Conselho de Segurança da ONU, que será convocada a pedido do Irã, que classificou as ações israelenses como “crime de guerra”.