Europa aumenta pressão sobre Israel para que detenha ofensiva em Gaza e permita entrada de ajuda humanitária
UE e Reino Unido cobram de Israel a suspensão de ataques em Gaza e a facilitação da ajuda humanitária. A situação no território se agrava, com alto número de vítimas civis e críticas internacionais à ofensiva militar israelense.
UE e Reino Unido pressionam Israel para cessar ofensiva em Gaza e permitir entrada de ajuda humanitária.
No dia 20, Israel permitiu a entrada de 93 caminhões da ONU, mas a situação humanitária continua catastrófica.
A responsável pela diplomacia da UE, Kaja Kallas, anunciou uma revisão do acordo de associação com Israel, vigente desde 2000. Ela enfatizou que “salvar vidas deve ser nossa máxima prioridade”.
O Reino Unido suspendeu negociações comerciais com Israel, e o Ministério das Relações Exteriores israelense respondeu que essas pressões não desviarão o país de sua defesa.
O ministro britânico das Relações Exteriores, David Lammy, afirmou que as ações israelenses são “moralmente injustificáveis” e exigiu ação imediata.
Após as pressões, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que acessaria a ajuda humanitária por “razões diplomáticas”.
Caminhões com alimentos e medicamentos estão entrando em Gaza, mas a ONU relatou que a quantidade é “uma gota de água no oceano”.
Na madrugada de quarta-feira, ataques em Gaza resultaram na morte de pelo menos 19 pessoas, a maioria crianças. Em um ataque anterior, pelo menos 44 civis, incluindo mulheres e crianças, morreram.
Netanyahu mostrou-se aberto a um acordo para o fim do conflito, condicionado ao exílio do Hamas e ao desarmamento do território.
A guerra já resultou em mais de 53.573 mortes, a maioria civis, desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.
A mediação de Catar, Egito e EUA foi interrompida, com Israel retirando seus negociadores e o Catar denunciando a situação.
*Com informações da AFP*