Eufrásia: a bilionária brasileira, primeira mulher a investir na bolsa, que deixou fortuna para obras sociais
Eufrásia Teixeira Leite, pioneira no mundo financeiro, deixou um legado de mais de R$ 1 bilhão para instituições de caridade. Sua trajetória desafia normas de gênero e a tradição da época, mostrando como uma mulher pode transformar seu destino e o da comunidade ao seu redor.
Eufrásia Teixeira Leite (1850-1930), aristocrata brasileira, deixou uma fortuna avaliada em R$ 1 bilhão, beneficiando instituições assistenciais e educacionais em Vassouras e Paris.
Sem herdeiros diretos, seu testamento incluía obras sociais, como escolas e hospitais. Eufrásia foi uma mulher pioneira no mundo financeiro, sendo a primeira mulher a investir na bolsa de valores de Paris.
Educada pelo pai, Joaquim José Teixeira Leite, em um contexto em que as mulheres tinham acesso restrito ao conhecimento, ela desafiou as normas sociais, aprendendo matemática financeira e negócios.
Seu casamento com Joaquim Nabuco, político e abolicionista, não se concretizou. A decisão de não se casar pode ter sido uma maneira de preservar sua independência financeira.
Ao longo de sua vida, Eufrásia investiu em várias indústrias, como ferrovias, mineração e setor imobiliário, utilizando prepostos de confiança para gerenciar seus negócios.
Após sua morte, seu testamento gerou controvérsias: familiares contestaram sua validade, resultando em sete anos de disputas judiciais. Somente após essas brigas, seu legado filantrópico foi efetivado.
Grande parte das instituições da cidade de Vassouras hoje ocupa terras que pertenciam a Eufrásia, contribuindo para o seu legado e a sua história.