EUA x China: Trump paga para ver, e Xi entra na guerra comercial. O que esperar da economia global agora?
Escalada das tarifas entre EUA e China gera incertezas nos mercados globais e pressiona economias. Enquanto Trump se mantém firme em sua postura, a China promete retaliar, indicando um impasse prolongado na guerra comercial.
Guerra Comercial EUA-China Atinge Novo Patamar
A guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a um novo patamar.
Após a China responder com “tarifas recíprocas”, Trump anunciou a possibilidade de impor novas tarifas de 50%, totalizando 104% de sobretaxas.
Esse cenário provocou pânico nos mercados globais, com perdas que ultrapassam US$ 8 trilhões desde o anúncio das tarifas.
A Casa Branca já está negociando com cerca de 50 países, enquanto o governo chinês destacou que “lutará até o fim” contra novas tarifas. Pequim aplicará uma tarifa de 34% sobre produtos americanos a partir de 10 de abril.
Na bolsa, o dia teve forte volatilidade. Os índices se recuperaram temporariamente, mas fecharam em queda, com o Nasdaq avançando 0,10% e o S&P 500 caindo 0,23%.
Os analistas acreditam que a crise pode ser recessiva, elevando a inflação. No Brasil, o Ibovespa teve queda de 1,31%.
- Petrobras e Vale sofreram com a desvalorização das commodities.
- O petróleo tipo Brent caiu 2,1%.
A China se diz mais preparada desta vez, having reforçado suas relações comerciais e reduzido a dependência dos EUA.
Com a escalada do conflito, o dólar se valorizou, atingindo R$ 5,91, a maior cotação desde janeiro.
Impactos previstos incluem uma possível pausa na alta dos juros no Brasil, com o economista-chefe da XP sugerindo que a Selic pode ficar em torno de 15% ao invés de 15,50%.
O presidente Lula destacou a importância das reservas internacionais do Brasil como proteção contra os efeitos da guerra tarifária.
Os próximos passos permanecem incertos, com a possibilidade de uma desaceleração econômica global aumentada pelas tensões comerciais atuais.