EUA vão começar a revogar estudantes de alunos chineses, diz governo Trump
Medida visa aumentar o controle sobre estudantes chineses e se alinha a ações anteriores do governo Trump. Autoridades não apresentaram evidências concretas das alegações, aumentando a tensão no ambiente acadêmico.
Ameaça de revogação de vistos para estudantes chineses nos EUA. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou na quarta-feira (28) que Washington começará a revogar vistos de alunos da China.
Impacto: Os vistos afetados serão de estudantes com ligações ao Partido Comunista Chinês ou que estudam em áreas críticas. Não foram fornecidos detalhes sobre a quantidade de alunos atingidos ou as áreas consideradas sensíveis.
Contexto: As declarações de Rubio ecoam acusações do governo Trump, alegando que alunos chineses estariam infiltrados nos EUA. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, fez alegações semelhantes contra a Universidade Harvard, que negou as acusações.
Dados sobre estudantes chineses: Harvard tem 1.282 alunos da China, o maior grupo estrangeiro na instituição. No total, mais de 270 mil estudantes chineses estavam nos EUA em 2023-2024, representando cerca de um quarto do total de alunos estrangeiros.
Histórico de ações: Durante o governo Trump, o governo revogou mais de mil vistos de pós-graduandos por supostas ligações com universidades militares da China. Agora, as novas ações aumentam a insegurança para estudantes internacionais.
Além disso: O governo ordenou a suspensão do agendamento de novas entrevistas para vistos de estudantes e está ampliando a checagem de redes sociais dos candidatos.
Conflitos com Harvard: Trump havia tentado barrar a matrícula de estudantes estrangeiros na universidade, que foi impedido pela justiça. Recentemente, ele sugeriu limitar a 15% a presença de estudantes estrangeiros em Harvard.
Motivo da tensão: O conflito se intensificou após protestos estudantis pró-Palestina em 2024, onde alunos exigiram o fim da colaboração da universidade com Israel.
Consequências financeiras: O governo congelou cerca de US$ 3,2 bilhões em subsídios a Harvard, que processa o governo para reaver os valores cortados.