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EUA usam queixa da União Europeia, de desmatamento, para reforçar ofensiva comercial contra o Brasil

Investigação dos EUA sobre práticas comerciais do Brasil pode intensificar tensões entre os países. Além das tarifas, o foco está na proteção do meio ambiente e no acesso ao mercado de etanol.

Investigação Comercial dos EUA: O Brasil está sob investigação por práticas comerciais injustas, aproveitando uma queixa da União Europeia.

A medida segue a tarifa de 50% anunciada pelo presidente Donald Trump para produtos brasileiros, a partir de agosto.

Um analista de Wall Street ressalta que a carta de Trump que instituiu a sobretaxa foi motivada por questões políticas, mas pode gerar mais desdobramentos com a nova investigação.

Em 22 de maio, a Comissão Europeia classificou o Brasil como tendo risco “padrão” para o desmatamento, ao lado de países como Indonésia e México.

A investigação aberta no dia 15 de outubro visa apurar atos e práticas do governo brasileiro que possam ser irracionais ou discriminatórios, prejudicando o comércio dos EUA.

  • Focos da investigação incluem:
  • comércio digital e serviços de pagamento eletrônico
  • tarifas preferenciais injustas
  • interferência anticorrupção
  • proteção da propriedade intelectual

A gestão Trump também solicita informações sobre o acesso ao mercado de etanol, argumentando que o Brasil impõe tarifas altas às exportações americanas do produto.

Além disso, o USTR aponta que o Brasil não tem conseguido combater o desmatamento ilegal, dificultando a competitividade dos produtores norte-americanos de madeira e produtos agrícolas.

Curiosamente, as críticas vêm de uma gestão que se afastou do Acordo de Paris e apoiava o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrentou críticas pela falta de fiscalização do desmatamento.

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