EUA triplicam impostos sobre encomendas de baixo valor da China e atingem Shein e Temu
Aumento nas tarifas sobre produtos chineses de baixo valor pode impactar gravemente o comércio eletrônico nos EUA. Shein e Temu, principais afetadas, enfrentam desafios de concorrência e logística em meio à guerra tarifária.
EUA triplicam tarifas sobre pacotes de baixo valor da China, afetando plataformas como Shein e Temu.
A Casa Branca anunciou na terça-feira (8) um aumento para 90% do valor do pacote ou uma tarifa fixada em US$ 150 (de R$ 456,15 para R$ 912,30). A nova tarifa entra em vigor em 2 de maio, com a cobrança fixa começando em 1º de junho.
O decreto assinado pelo presidente Donald Trump encerra a isenção de tarifas para mercadorias abaixo de US$ 800 (R$ 4.890,40), substituída por uma tarifa de 30% ou US$ 25 por item, que aumentará para US$ 50 após 1º de junho.
Essa mudança é vista como um golpe significativo para Shein e Temu, que dominam o mercado com preços baixos, evitando tarifas de importação. Ambas se preparavam para o fim da isenção, mas a guerra tarifária entre os EUA e a China complicou suas estratégias.
As tarifas agora somam 104% para importações chinesas, levando a uma guerra comercial. Analistas alertam que o fim das isenções "minimis" poderá desestabilizar o modelo de negócios dessas plataformas e desacelerar os tempos de entrega.
Brittain Ladd, ex-funcionário da Amazon, previu atrasos devido à alta demanda nos portos e ao novo sistema de pagamento de tarifas. A maioria dos produtos da Shein é fabricada na China. A empresa está tentando diversificar, mas enfrenta dificuldades.
A turbulência das novas tarifas levantou dúvidas sobre os planos de oferta pública inicial da Shein, que procura aprovação para uma IPO em Londres, já adiada. Em 2022, os lucros da empresa caíram mais de um terço devido à competição com a Temu.
Até o momento, Temu e Shein não comentaram sobre as novas tarifas.