EUA revogam vistos do Sudão do Sul por recusa em aceitar repatriação de cidadãos
EUA revogam vistos de cidadãos do Sudão do Sul em resposta à recusa do país em aceitar repatriações. Medida marca um endurecimento na política migratória americana e ocorre em um contexto de instabilidade interna no Sudão do Sul.
Estados Unidos anunciaram no sábado (5) a revogação de todos os vistos para portadores de passaporte do Sudão do Sul.
A medida se deve à recusa do país em aceitar o retorno de seus cidadãos repatriados. É a primeira revogação geral de vistos de um único país desde o início do governo Trump.
O governo dos EUA já havia alertado que países que não colaborassem na repatriação de seus cidadãos enfrentariam consequências como sanções de visto.
Em comunicado, o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que o Sudão do Sul não respeitou o princípio de aceitação ao retorno. A revogação visa barrar a entrada de cidadãos sul-sudaneses nos EUA:
- "O Departamento de Estado está tomando medidas para revogar todos os vistos e impedir novas emissões."
- "Revisaremos essas ações quando houver plena cooperação do Sudão do Sul."
Rubio ressaltou que é hora do governo de transição do Sudão do Sul "parar de se aproveitar dos EUA."
A embaixada sul-sudanesa em Washington não respondeu ao contato da Reuters.
Mediadores da União Africana chegaram a Juba para negociações que visam evitar uma nova guerra civil, após a detenção do primeiro vice-presidente Riek Machar.
A detenção de Machar, acusada de incitar uma nova rebelião, ocorreu após confrontos entre o Exército e a milícia White Army. A guerra civil de 2013 a 2018 foi marcada por divisões étnicas entre as etnias dinka e nuer.