EUA recebem sul-africanos brancos com status de refugiado
Estados Unidos recebem primeiros refugiados sul-africanos brancos após decisão de Trump. A concessão gerou polêmica e críticas quanto à verdadeira condição de refugiados desse grupo étnico.
Grupo de refugiados sul-africanos brancos chega aos EUA
Cerca de 50 sul-africanos brancos desembarcaram no Aeroporto de Dulles após ordem do presidente Donald Trump para agilizar a concessão de status de refugiado.
O governo sul-africano classificou a medida como política e argumenta que os africâneres não são refugiados.
As famílias foram recebidas pelo secretário-adjunto de Estado, Christopher Landau, que declarou: “Vocês são realmente bem-vindos aqui”.
A decisão ocorre após a nova lei sul-africana que permite o confisco de terras privadas sem indenização, parte dos esforços para lidar com o legado do apartheid.
Trump havia se envolvido em uma disputa pública com o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. Landau afirmou que os africâneres que sofrem discriminação racial seriam bem-vindos nos EUA.
Os beneficiários são principalmente africâneres, descendentes de colonizadores holandeses que dominaram a política sul-africana. Eles serão reassentados em vários estados dos EUA, exceto Washington D.C., Maryland ou Virgínia.
O governo Trump negou que a exclusão dos estados citados esteja relacionada à questão racial, mas grupos de apoio a refugiados afirmam que a administração está favorecendo os africâneres por serem brancos.
Laura Thompson Osuri, diretora da Homes Not Borders, contestou a classificação de refugiados e questionou o processo, afirmando que eles não seguiram os protocolos adequados. “Eles não passaram pelo Acnur”, disse.
A Igreja Episcopal, designada para auxiliar no reassentamento, anunciou o encerramento de seu programa de imigração, ressaltando que os cristãos devem cuidar dos pobres e vulneráveis, não se deixar levar por decisões políticas.
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