EUA quer reconhecer Crimeia como parte da Rússia para impulsionar negociação de paz na Ucrânia
Casa Branca busca facilitar negociações de paz propondo a anexação da Crimeia pela Rússia. Expectativas de segurança e reconstrução para a Ucrânia são fundamentais nas discussões que ocorrerão em Londres.
Washington Post noticiou que a Casa Branca propôs reconhecer a Crimeia como parte da Rússia e congelar a linha de frente para facilitar um acordo de paz na Ucrânia.
A negociação ocorrerá amanhã em Londres, onde europeus e ucranianos buscam garantias de segurança e planos de reconstrução em troca de concessões territoriais.
A proposta dos EUA inclui:
- Reconhecimento formal da anexação da Crimeia;
- Levantamento das sanções à Rússia em um futuro acordo;
- Encerramento das hostilidades pela Rússia enquanto suas tropas avançam.
Um assessor do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, mencionou que alguns pontos da proposta são aceitos por Kiev. No entanto, autoridades ocidentais consideram os termos surpreendentes.
Franceses, britânicos e alemães, organizadores da reunião, exigem que o acordo inclua garantias de segurança e programas de reconstrução, possivelmente financiados por ativos russos congelados.
O Financial Times revelou que a Rússia aceitaria ficar com os territórios já ocupados, deixando áreas sob controle ucraniano intactas. A questão central é o que a Ucrânia ganharia em troca da concessão de seu território.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, já ameaçou se retirar da mediação por falta de progresso, e cancelou sua presença em Londres.
Zelenski continua a aspirar pela retomada da Crimeia, mas admite limitações. Ele destaca a necessidade de buscar meios diplomáticos, enquanto os líderes europeus buscam usar sua influência.
Uma troca pública entre Moscou e Kiev indicou interesse em negociar, embora negociações diretas não tenham ocorrido desde o início da guerra.
Na última declaração, Zelenski disse que a Ucrânia está disposta a conversar sobre um cessar-fogo. Relatos indicam que houve uma expectativa de acordo esta semana, mas a Rússia apresentou novas exigências, resultando em uma trégua frágil.
*Com informações do Estadão Conteúdo - Publicado por Victor Oliveira*