EUA prorrogam visto de menina mexicana que corria risco de ser deportada e depende de tratamento para viver

Governo dos EUA concede prorrogação de permissão humanitária a menina mexicana de quatro anos, chamada Sofia, permitindo que continue seu tratamento médico essencial para sobrevivência.

A informação foi confirmada pela advogada Gina Amato, do projeto Direitos dos Imigrantes da Public Counsel.

Em abril, a família de Sofia teve sua autorização inicialmente revogada. A criança, que nasceu com complicações de saúde, fez seis cirurgias e foi diagnosticada com síndrome do intestino curto.

Após entrar legalmente nos EUA em julho de 2023, a família recebeu um visto humanitário, ou parole, que permitiu que Sofia fosse hospitalizada e recebesse tratamento especializado na Califórnia.

A menina agora depende de um sistema intravenoso e de uma sonda para receber nutrientes. Sua mãe, Deysi Vargas, expressou a importância da permissão para que Sofia tenha uma vida normal.

No entanto, a família enfrentou incertezas, com o governo revogando a proteção de milhares de imigrantes e transformando o aplicativo usado para entrada em um sistema para "autodeportação".

Um comunicado recebido pela família afirmava que, caso não deixassem os EUA imediatamente, enfrentariam possíveis deportações e perda de benefícios.

Após procurar ajuda jurídica, a prorrogação da permissão por mais um ano foi concedida, validando a autorização até 1º de junho de 2026.

O caso gerou atenção da mídia e de 38 parlamentares democratas, que pediram ao governo uma reconsideração. Além disso, a Secretaria de Relações Exteriores do México também se manifestou em apoio à família.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) afirmou que a família não está atualmente em processo ativo de deportação e que seu pedido de permissão humanitária está em análise.