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EUA podem sair perdendo em confronto comercial com a China

Christine Lagarde cita Confúcio em meio a tensões comerciais entre EUA e China. Negociações em Londres buscam soluções para disputas que afetam cadeias de suprimentos globais.

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, visitou o Templo de Confúcio em Pequim na terça-feira (10), onde recitou um aforismo pertinente: "Aquele que aprende mas não pensa está perdido".

A declaração foi feita em um contexto de tensões comerciais entre EUA e China, à medida que Lagarde e colegas europeus buscam entender a economia chinesa.

As autoridades americanas se reúnem também nesta semana em Londres para negociações comerciais, seguindo disputas protecionistas resultantes das tarifas do governo Trump. Essas tarifas geraram uma queda de 34% nas exportações chinesas para os EUA.

As discussões em Londres giram em torno de controles de exportação mútuos que dificultam a indústria de ambos os países. A China está adotando uma posição favorável no contexto atual, especialmente nas terras raras essenciais para diversas indústrias.

Após dois dias de negociações, EUA e China firmaram um acordo comercial inicial, buscando aprovação final dos líderes dos respectivos países, Trump e Xi Jinping.

Críticos alertam sobre a falha nas crenças do governo Trump sobre as vantagens comerciais. A percepção de que a guerra comercial seria benéfica para os EUA está sendo desafiada por economistas, que destacam a dependência americana de produtos chineses.

Os especialistas preveem interrupções na produção, que podem afetar tanto a indústria automobilística quanto o setor de defesa.

A narrativa atual sugere que a China pode estar melhor posicionada para lidar com a guerra comercial, ao contrário da crença anterior de que a economia chinesa estava deteriorada.

O governo americano busca um reequilíbrio na ordem comercial global, mas enfrenta ceticismo de economistas sobre a efetividade dessas estratégias.

Ex-funcionários de comércio propõem que uma redefinição do sistema de comércio internacional pode ser válida, mas requer uma abordagem diplomática e a reconciliação com os aliados.

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