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EUA pagam segunda menor tarifa entre maiores exportadores ao Brasil

EUA têm a segunda menor tarifa efetiva entre os principais exportadores para o Brasil, com taxa de 5,5%. A diferença nas tarifas se deve ao tipo de produtos e isenções aplicadas, levantando preocupações sobre a relação comercial com os EUA.

Estados Unidos registraram a segunda menor tarifa efetiva entre os 10 maiores exportadores para o Brasil, com 5,5%, apenas atrás da Rússia. Esses dados foram revelados pela OMC e analisados pela Folha.

A tarifa média mundial é de 9,3%. Enquanto isso, os EUA impuseram uma tarifa de 2,8% ao Brasil. As maiores tarifas para exportações ao Brasil vieram da Argentina (20,4%), México (15,3%) e China (12,5%). A Rússia, por sua vez, teve uma tarifa de 1,8%.

Produtos importados dos EUA possuem tarifas reduzidas ou isentas. Por exemplo, 48% das importações americanas para o Brasil têm tarifa zerada, como motores e máquinas não elétricos e óleos combustíveis.

Comparativamente, a China importa, em grande parte, veículos e compostos químicos com tarifas mais altas, como a de 35% sobre veículos.

O USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA) abriu investigação sobre as tarifas brasileiras, alegando tratamento preferencial a outros países, enquanto as taxas para os EUA são mais elevadas.

O USTR destacou que a tarifa média simples do Brasil foi de 12,2% em 2023, contrastando com 3,3% dos EUA. A Índia e o México recebem tratamento tarifário preferencial, conforme o órgão americano.

Especialistas, como Frederico Lamego, da CNI, apontam que as tarifas não serão o principal foco nas negociações entre Brasil e EUA, mas sim o déficit comercial e o aumento de investimentos brasileiros nos EUA.

Além disso, a análise do BTG Pactual sugere que barreiras não tarifárias terão maior impacto nas negociações. Atualmente, 86,4% das importações brasileiras enfrentam essas barreiras.

Essa situação pode tornar o Brasil vulnerável durante a investigação comercial pelos EUA, onde a tarifa efetiva relativamente baixa poderá não ser suficiente para influenciar as negociações.

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