EUA impõem novas sanções contra o petróleo do Irã
Sanções visam desmantelar uma rede que contrabandeia petróleo iraniano disfarçado de iraquiano. O Departamento do Tesouro reforça esforços para cortar o financiamento de atividades desestabilizadoras do Irã.
Sanções dos EUA contra contrabando de petróleo do Irã
Na quarta-feira (3), os Estados Unidos impuseram sanções a uma rede que contrabandeava petróleo do Irã como se fosse do Iraque. O Departamento do Tesouro revelou que a empresa de Salim Ahmed Said, cidadão iraquiano-britânico, vinha comprando e revendendo bilhões em petróleo iraniano desde 2020.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou que o Tesouro intensificará a pressão econômica sobre o regime iraniano para interromper o financiamento de suas atividades desestabilizadoras.
As sanções são parte dos esforços dos EUA contra as exportações de petróleo iraniano, vinculadas ao programa nuclear e ao financiamento de grupos militantes no Oriente Médio.
Uma rede de contrabando foi reportada pela Reuters, revelando que gerava pelo menos US$ 1 bilhão por ano para o Irã.
Essas sanções vêm após ataques a instalações nucleares do Irã no dia 22 de junho, os quais, segundo o Pentágono, atrasaram o programa atômico em pelo menos dois anos.
Espera-se que os EUA e o Irã realizem uma reunião sobre o programa nuclear em Oslo, Noruega, na próxima semana.
A empresa de Said misturava petróleo iraniano com o iraquiano, vendendo-o a empresas ocidentais utilizando documentos forjados para evitar sanções.
O contrabando beneficiava o governo iraniano e a Guarda Revolucionária do Irã, classificada como organização terrorista pelos EUA.
As sanções congelam ativos nos EUA das pessoas e empresas designadas e proíbem negócios americanos com elas, além de incluir sanções a embarcações da chamada “frota fantasma” do Irã.