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EUA impedem Mahmoud Khalil de acompanhar nascimento do primeiro filho

Ativista pró-Palestina Mahmoud Khalil não pode ver o filho nascer devido à sua detenção. A decisão das autoridades gera críticas sobre a repressão à liberdade de expressão nos Estados Unidos.

Ativista pró-Palestina Mahmoud Khalil não pode acompanhar o nascimento do filho

As autoridades dos Estados Unidos negaram a permissão para que Mahmoud Khalil, detido desde março, estivesse presente no nascimento de seu primeiro filho em Nova York, ocorrido em 21 de outubro. Khalil, que soube do evento por telefone, permanece em Jena, Louisiana, a mais de 1.600 km de distância.

Khalil, ex-aluno da Universidade Columbia e de origem palestina, foi preso em 8 de março. Seu caso destaca a repressão a manifestações pró-Palestina nos EUA durante o governo de Trump, sendo criticado por organizações de direitos humanos.

Advogados de Khalil tentaram alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica, para que ele pudesse acompanhar o nascimento, mas sem sucesso. "Uma licença de duas semanas seria razoável e humana", disseram os defensores. A Justiça não encontrou evidências de que ele representa um risco à sociedade.

Khalil é casado com uma cidadã americana. A esposa e o bebê estão saudáveis. Ela expressou que a ausência de Khalil trouxe sofrimento à família, citando que o governo Trump "roubou" esse momento.

Trump prometeu deportar ativistas pró-palestinos, alegando que muitos são antissemitas e apoiam grupos terroristas. Recentemente, universidades, incluindo Columbia, enfrentaram protestos contra a guerra em Gaza após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, levando a confrontos e acusações de antissemitismo.

Khalil se declara um prisioneiro político e atribui sua detenção a "racismo antipalestino". Em 11 de outubro, uma juíza de imigração decidiu que, apesar de ter um green card, ele pode ser deportado por opiniões consideradas como risco à segurança nacional, conforme argumentou o governo Trump.

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