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EUA e Rússia têm mais responsabilidades perante a ordem nuclear, diz diretor-geral da AEIA

Rafael Grossi destaca a responsabilidade dos EUA e da Rússia em meio ao aumento da tensão internacional e critica a falta de transparência do Irã em relação ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear. Ele enfatiza que instituições multilaterais devem ser respeitadas, mas reconhece os desafios diante das mudanças geopolíticas atuais.

Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), destacou a responsabilidade dos Estados Unidos e Rússia como depositários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) em meio ao descrédito das instituições. Ele também reconheceu as críticas justas do público em relação a essas entidades.

Os cinco países reconhecidos pelo TNP como detentores de armas nucleares incluem Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China. Outros países como Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte possuem armas nucleares, mas não formalizam esse status.

O Irã é signatário do TNP, mas não permite acesso total à AIEA, enquanto Israel não assinou o tratado e tem menos obrigações. Grossi enfatizou que o Irã precisa ser transparente, ou deve se retirar do tratado.

Em relação às mudanças regulatórias do presidente Donald Trump, Grossi afirmou que a agência não pode intervir nas políticas domésticas, mas que as decisões são relevantes para a AIEA.

Especialistas mencionaram a possibilidade de reciclagem de combustível nuclear para fins comerciais e o aumento da demanda por pequenos reatores nucleares por big techs. Grossi apontou que isso requererá uma regulação mais rigorosa devido à proliferação de riscos.

Ele alertou que os recentes mudanças geopolíticas têm feito países signatários do TNP, como Iraque e Líbia, reavaliar sua participação, o que poderia criar um cenário mundial perigoso.

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