EUA e Israel indicam que abandonarão conversas sobre cessar-fogo com o Hamas

Negociações para cessar-fogo em Gaza são abandonadas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Donald Trump, abandonaram as negociações com o Hamas, alegando que o grupo terrorista palestino não deseja um acordo.

Em declarações feitas na sexta-feira (25), Netanyahu afirmou que Israel está considerando "alternativas" para trazer os reféns de volta e eliminar o domínio do Hamas em Gaza, afirmando que os líderes do grupo serão "caçados".

A situação deixa pouco espaço para retomar as negociações, em meio a crescentes preocupações internacionais sobre a fome em Gaza, devastada pela guerra.

Israel e EUA retiraram suas delegações das negociações após a última resposta do Hamas a uma proposta de trégua americana. Inicialmente, fontes informaram que a saída era apenas para consultas.

Entretanto, as declarações subsequentes de Netanyahu indicaram uma mudança na postura do país. O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, culpou o Hamas pelo impasse, o que foi apoiado por Netanyahu.

O Hamas, por meio de Basem Naim, criticou as declarações de Witkoff, afirmando que as negociações foram construtivas e que um acordo era possível se houvesse vontade do "inimigo".

A proposta de cessar-fogo de Trump previa:

• Suspensão dos combates por 60 dias;
• Entrada de mais ajuda humanitária;
• Liberação de alguns dos cerca de 50 reféns em troca de prisioneiros palestinos.

A proposta não avançou devido a divergências sobre a retirada das tropas israelenses e o futuro pós-cessar-fogo.

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, celebrou a retirada da delegação, chamando-a de "cerimônia humilhante" e convocando Netanyahu para a "hora da vitória!"