EUA e China retomam negociações nesta segunda-feira, em Londres, com foco em terras-raras e chips
Negociações buscam amenizar tensões sobre tarifas e exportações de minerais essenciais. Ambos os países esperam avanços em acordos comerciais após a recente ligação entre Trump e Xi.
EUA e China retomarão negociações comerciais em Londres nesta segunda-feira, visando reduzir tensões sobre minerais de terras-raras e tecnologia avançada.
As conversas seguem após uma ligação entre Donald Trump e Xi Jinping, onde ambos trocaram acusações de recuo em um acordo feito em Genebra, em maio, que buscava redução de tarifas.
Após a ligação, Trump expressou otimismo, desejando que a reunião em Londres “corra muito bem”. No sábado, a China aprovou alguns pedidos de exportação de terras raras, embora sem detalhes sobre os beneficiados.
O chefe do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, destacou a necessidade de retomar o fluxo de terras raras, essenciais para indústrias como a de celulares.
As tensões aumentaram após Trump elevar tarifas sobre produtos chineses, levando a retaliações da China. O acordo de Genebra visava distensão, mas as conversas logo pararam devido a acusações mútuas.
Nos Estados Unidos, queixam-se da queda nas remessas de terras raras, enquanto a China reagiu a restrições americanas sobre tecnologia.
Em Londres, Scott Bessent (Tesouro), Howard Lutnick (Comércio) e Jamieson Greer (Comércio) se reunirão com o vice-premiê He Lifeng da China. Lutnick é responsável pelas vendas de tecnologia, indicando que Trump pode considerar reverter algumas restrições.
Após as últimas conversas, houve um aumento nas expectativas de Wall Street sobre a redução de tarifas. Contudo, Trump só firmou um novo acordo comercial com o Reino Unido até o momento.
A suspensão das tarifas sobre produtos chineses termina em agosto, a menos que Trump decida prorrogar. Sem novos acordos, a Casa Branca garantiu que as tarifas voltarão aos níveis originais ou a valores acima de 10%.
A reunião de Genebra destacou o desafio de firmar acordos entre os dois países, com interpretações abertas que resultaram em impasses.
Xi aposta que um recomeço nas relações gerará ganhos, como a redução de tarifas. Após a conversa, destacou a importância de remover medidas negativas dos EUA contra a China.
Além disso, um comentário da Xinhua criticou os EUA por abordar questões econômicas como de segurança, ressaltando a necessidade de ajustar essa visão para promover a cooperação.
Após a conversa, o Ministério das Relações Exteriores da China informou que Trump declarou que estudantes chineses são bem-vindos nos EUA. Contudo, não há urgência em reduzir tarifas nas negociações em Londres.
Analistas preveem que as questões mais complexas na mesa dificultarão um avanço significativo nas conversas.