EUA e China acenam para trégua comercial, mas incerteza persiste
Acordo informal entre EUA e China busca aliviar tensões econômicas, mas incertezas permanecem sobre sua durabilidade. Analistas levantam dúvidas sobre a eficiência da estratégia agressiva adotada por Trump nas negociações recentes.
Após dois dias de negociações tensas, Estados Unidos e China atingiram um acordo informal em Londres para recuar de algumas medidas prejudiciais.
O acordo foi firmado nas primeiras horas da quarta-feira (11), mas a sustentabilidade da trégua ainda é incerta, especialmente após uma trégua falhada em maio.
Cosneguições recentes mantêm as tarifas nos níveis atuais, sem grandes avanços, apenas a possibilidade de a China afrouxar restrições à exportação de minerais essenciais para os EUA, em troca do alívio das exportações de tecnologia e visto para estudantes chineses.
Contudo, as discussões não progrediram em outros temas comerciais e analistas questionam se as medidas de Trump foram eficazes. Myron Brilliant, do DGA-Albright Stonebridge Group, afirmou: "Parece que estamos negociando em círculos."
O governo Trump defende que as tarifas e medidas punitivas contra a China fortaleceram a posição dos EUA, mas críticos como o Banco Mundial alertam que isso pode resultar em baixo crescimento global.
Trump afirmou nas redes sociais que o acordo com a China está feito e que o "relacionamento está excelente", apesar de precisar da aprovação final. Ele prometeu que "todas as terras raras necessárias serão fornecidas pela China".
As conversas foram marcadas por tensão e desconfiança. Howard Lutnick, secretário de Comércio dos EUA, citou a intenção de "reduzir o déficit comercial e ampliar as trocas".
Entretanto, especialistas apontam que a abordagem dos EUA pode ter cometido erros, e a forte dependência dos minerais chineses, necessário para a economia americana, pode alterar o jogo.
Assim, a China demonstrou sua força ao controlar exportações, levando analistas a concluir que a pressão não é a solução adequada para lidar com o país.