EUA devem impor tarifa de 93,5% sobre material para baterias da China
Tarifas antidumping de 93,5% sobre grafite importado da China visam combater práticas desleais de mercado, mas podem elevar custos para fabricantes de baterias nos EUA. A decisão gera reações na indústria e expectativa por aumento na produção local de grafite.
Departamento de Comércio dos EUA impõe tarifas antidumping preliminares de 93,5% sobre importações chinesas de grafite, essencial para baterias.
A decisão é resultado de investigações sobre subsídios injustos a empresas chinesas, após petições de uma associação comercial de produtores americanos.
Tarifa efetiva agora é de 160%, o que deve aumentar tensões na cadeia global de suprimentos de veículos elétricos. As ações de fornecedores de baterias caíram, enquanto os produtores norte-americanos tiveram alta.
Erik Olson, porta-voz do grupo de produtores, afirmou que "a China vende grafite abaixo do valor justo". Sam Adham, da consultoria CRU Group, destacou que a tarifa representa um custo adicional de US$ 7 por quilowatt-hora para baterias.
A Tesla e a Panasonic tentaram bloquear as tarifas, alegando dependência do grafite chinês. As ações da Tesla caíram até 0,7%.
Os EUA importaram 180 mil toneladas de grafite em 2022, com dois terços provenientes da China. A Agência Internacional de Energia alerta para os riscos na oferta de grafite, pedindo uma diversificação urgente.
A decisão final sobre as tarifas será anunciada até 5 de dezembro. Empresas como a Westwater Resources esperam apoio para acelerar a produção doméstica de grafite.
Ações da Westwater subiram 15%, enquanto empresas como Fluence Energy e Enphase Energy enfrentam impactos negativos em suas ações.
Tarifas adicionais sobre baterias complicarão o cenário para a indústria de energia renovável, e a conformidade com regras fiscais se tornará um desafio crescente.