EUA devem deixar novamente a Unesco, agência cultural da ONU, dizem diplomatas
Com a decisão, Trump reforça seu alinhamento com uma política externa de isolamento e crítica às instituições multilaterais. A saída dos EUA representa um novo desafio para a Unesco em meio a um cenário global de cooperação fragilizada.
Estados Unidos deixarão a Unesco, agência de cultura e educação da ONU, sob a presidência de Donald Trump. A decisão é uma continuidade da crítica de Trump a instituições internacionais, de acordo com dois diplomatas europeus.
A saída dos EUA é um golpe para a Unesco, fundada após a Segunda Guerra Mundial para promover paz através da cooperação internacional em educação, ciência e cultura. O New York Post reforçou a informação, citando uma autoridade da Casa Branca.
Trump já havia tomado decisões semelhantes no passado, incluindo a saída da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Conselho de Direitos Humanos da ONU, e do acordo climático global. Após Joe Biden assumir, os EUA foram readmitidos na Unesco e retornaram à OMS.
Com Trump de volta à Casa Branca, os EUA se retiram novamente. Ele já decidiu sair da OMS e suspender o financiamento à UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, enquanto revisa a participação em agências da ONU, com término previsto para agosto.
A Unesco é conhecida por designar locais de Patrimônio Mundial, como o Grand Canyon e a antiga cidade de Palmira. Criada em 1945, os EUA saíram pela primeira vez em 1984 por questões financeiras e percepções de viés. Retornaram em 2003 sob George W. Bush.
Os EUA contribuem com cerca de 8% do orçamento total da Unesco, abaixo dos 20%% que contribuíam quando deixaram a agência pela primeira vez.