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EUA deportam menina americana de 2 anos para o Brasil com seus pais

Família brasileira enfrenta obstáculos legais e burocráticos após deportação da filha americana, que se tornou apátrida ao retornar ao Brasil. A situação destaca os desafios de famílias com status migratórios mistos em meio à intensa repressão migratória nos EUA.

Elioni Gonçalves teve um pressentimento ruim ao acordar, pensando em sua filha Manu, de 2 anos.

Manu, nascida em Fort Lauderdale, foi deportada para o Brasil em fevereiro de 2023, junto com seus pais, ambos em situação migratória irregular. A família enfrenta dificuldades devido à ausência de cidadania brasileira para Manu, que vive como turista e não tem acesso a saúde ou educação no país.

O endurecimento das políticas migratórias do governo Trump expôs a vulnerabilidade de famílias com status misto. Segundo um estudo de 2020, 4,4 milhões de crianças americanas têm pelo menos um dos pais em situação irregular.

Recentemente, o juiz federal Terry A. Doughty criticou a deportação de cidadãos americanos e alegou que é "ilegal e inconstitucional". No caso de Manu, críticos questionam a legalidade da deportação de uma cidadã americana, e o ICE e o DHS não comentaram especificamente sobre o caso.

A família emigrante, oriunda de Minas Gerais, buscou asilo nos EUA devido à violência no Brasil. Depois de anos de instabilidade, sofreu uma ordem de deportação em dezembro de 2022. Documentos que poderiam registrar Manu como cidadã brasileira foram confiscados, complicando ainda mais sua situação.

Atualmente, as autoridades brasileiras estão tentando encontrar uma solução para o status ilegal de Manu, enquanto a mãe tenta normalizar a vida da filha, oferecendo oportunidades de aprendizado.

Gonçalves luta para proporcionar um ambiente seguro e feliz para Manu, mesmo tendo que lidar com a incerteza do futuro de sua filha.

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