EUA colocam comércio Brasil-China na mesa de negociação sobre tarifaço
Governo dos EUA sugere ao Brasil aumentar barreiras comerciais contra a China em troca de negociações sobre tarifas de aço e alumínio. Autoridades brasileiras buscam refutar alegações made in Washington enquanto mantém diálogo com americanos.
Governo Trump sugere ao Brasil que amplie barreiras comerciais contra a China para facilitar negociações sobre tarifas de aço e alumínio.
Washington implícito afirma que limitações na importação de aço chinês poderiam ajudar o Brasil nas conversas de reabertura de cotas da IMPORTAÇÃO.
Em abril, o Brasil enfrentou tarifas de 10% sobre exportações para os EUA, além de 25% sobre aço e alumínio.
A gestão Lula iniciou tratativas com Trump antes do tarifaço. O vice-presidente Geraldo Alckmin promoveu uma videoconferência em março com autoridades americanas.
O Brasil busca restaurar uma cota de 3,5 milhões de toneladas de aço, antes permitida sem sobretaxas. Os EUA argumentam que a importação de aço chinês prejudica o mercado internacional.
Washington considera essencial corrigir essas distorções nas negociações. O aumento da compra de aço chinês pelo Brasil foi um ponto mencionado por Trump na ordem executiva que restabeleceu tarifas.
Especialistas brasileiros contestam que não ocorre reexportação de aço chinês aos EUA e destacam ações antidumping contra produtos abaixo do preço de mercado.
A retaliação da China às negociações EUA-Brasil é evidente. O Ministério do Comércio chinês advertiu sobre possíveis contramedidas.
O governo brasileiro teme que mercadorias não exportadas para os EUA iniciassem a saturar o mercado interno.
O embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, revelou que não há riscos associados a isso, devido às diferentes estruturas de mercado.
A volatilidade da política americana torna as negociações incertas. Em abril, Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas.
O Brasil considera recorrer à OMC, mas prefere continuar as negociações. Autoridade brasileira confia na nova lei da reciprocidade comercial como suporte nas tratativas.