EUA avaliam fechar embaixadas na África e acabar com áreas para clima e direitos humanos
Minuta de decreto propõe uma reestruturação significativa do Departamento de Estado, fechando divisões essenciais e reduzindo a presença diplomática na África. Secretário de Estado chama a proposta de "notícias falsas", mas levantamento revela detalhes sobre as mudanças planejadas.
Governo dos EUA avalia reduzir presença diplomática na África e eliminar divisões do Departamento de Estado voltadas a mudanças climáticas, democracia e direitos humanos, segundo decreto em elaboração.
O secretário de Estado, Marco Rubio, desmentiu a minuta, chamando-a de "notícias falsas", mas a AFP obteve o documento, que propõe uma "reorganização estrutural completa" até 1º de outubro.
O objetivo é agilizar missões, reduzir desperdício e alinhar o Departamento à doutrina "Estados Unidos em Primeiro Lugar".
As principais mudanças incluem:
- Fechamento do Departamento de Assuntos Africanos.
- Fechamento de embaixadas e consulados não essenciais na África Subsaariana.
- Criação de um enviado especial para assuntos africanos.
Prioridades do enviado especial incluem:
- Contraterrorismo.
- Diplomacia para interesses dos EUA em questões temporárias.
- Vigilância sanitária e coordenação de epidemias.
- Extração e comércio de minerais críticos.
Além disso, o Escritório do Coordenador Global de Aids e o enviado presidencial para o clima também seriam eliminados.
A proposta surge em um cenário em que o presidente Donald Trump busca cortar iniciativas de "soft power" e reavaliar alianças tradicionais, como a OTAN.