EUA anunciam saída da Unesco e acusam agência da ONU de manter ‘viés contra Israel’
Decisão marca o retorno dos EUA à política de desengajamento de instituições internacionais. A retirada da Unesco está ligada ao viés percebido da organização em relação a Israel e a questões sociais divisivas.
Estados Unidos anunciam saída da Unesco
Nesta terça-feira, 21, os Estados Unidos decidiram deixar a Unesco novamente, citando viés anti-Israel da organização. Essa medida ocorre dois anos após a reintegração dos EUA ao organismo.
A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que a retirada está vinculada à percepção de que a Unesco promove "causas sociais e culturais divisivas". A admissão da Palestina como membro pleno é considerada "altamente problemática" e contrária à política dos EUA.
Esta será a terceira vez que os EUA deixam a Unesco, sendo a segunda sob a administração de Trump. O país saiu da agência em 2017 e retornou em 2023 após novo pedido do governo Biden. A nova decisão entra em vigor no fim de dezembro de 2026.
Dirigentes da Unesco já esperavam essa saída após a revisão da administração Trump. A retirada americana pode impactar financeiramente a agência, mas a Unesco tem diversificado suas receitas, com a contribuição dos EUA representando apenas 8% do orçamento total.
A Unesco promove cooperação nas áreas de educação, ciência e cultura, além de designar locais como Patrimônio Mundial. Ainda não há confirmação sobre o processo de saída ou suas implicações práticas.
A decisão reacende críticas sobre a postura dos EUA em relação às instituições multilaterais, especialmente aquelas ligadas às Nações Unidas.