ETFs de bitcoin captam US$ 9 bi e reforçam tese de reserva de valor após fuga do ouro

Divergência nos ETFs nos EUA: Investidores estão migrando do ouro para o bitcoin.

Nos últimos cinco semanas, os ETFs de bitcoin nos EUA receberam mais de US$ 9 bilhões, com destaque para o iShares Bitcoin Trust ETF da BlackRock. Em contrapartida, os fundos lastreados em ouro enfrentaram saídas superiores a US$ 2,8 bilhões.

A demanda por ouro como porto seguro tem diminuído, enquanto o status do bitcoin como reserva de valor está em ascensão, especialmente em meio a preocupações sobre a estabilidade fiscal dos EUA.

O bitcoin atingiu uma máxima histórica de US$ 111.980 este mês, impulsionado por sinais regulatórios favoráveis e incertezas macroeconômicas. O ouro, apesar de uma alta acumulada de 25% este ano, caiu cerca de US$ 190 de suas máximas recentes.

Analistas indicam que essa rotação pode significar uma aceitação crescente do bitcoin como um hedge legítimo. Christopher Wood da Jefferies se mantém otimista sobre ambos os ativos.

No entanto, céticos alertam que a volatilidade do bitcoin ainda prejudica sua imagem como refúgio seguro. Durante crises anteriores, seu valor caiu acentuadamente.

De acordo com Geoff Kendrick, do Standard Chartered, o bitcoin é visto como um hedge contra riscos do sistema financeiro, especialmente em relação a riscos governamentais e à credibilidade das políticas dos EUA.

O bitcoin também está ganhando status como ativo não correlacionado, com correlações intradiárias em queda em comparação com o Nasdaq e o dólar, conforme relatado por Dilin Wu da Pepperstone.

A situação fiscal crítica é reforçada pelo recente rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s, alinhando-se a outras agências. Apesar disso, o ouro ainda apresenta um desempenho superior, acumulando 25%, contra 15% do bitcoin.

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