Estudo do Instituto Esfera propõe modernização da ponte aérea SP-RJ
Estudo sugere sistema tarifário flexível para a ponte aérea São Paulo-Rio que promete aumentar receitas e reduzir judicialização. A proposta visa oferecer remarcações gratuitas para passageiros, transformando desafios do setor em oportunidades de lucro.
Estudo do Instituto Esfera propõe modernização da ponte aérea entre São Paulo (Congonhas) e Rio de Janeiro (Santos Dumont).
A iniciativa pode aumentar a receita das companhias aéreas em até 77% e reduzir a judicialização do setor.
Desenvolvido pelo professor Maurício Bugarin da UnB, o modelo sugere um sistema tarifário flexível, com remarcação de passagens gratuita, funcionando como um “seguro embutido”.
Atualmente, o Brasil responde por 98% das ações judiciais contra companhias aéreas globalmente, acarretando um custo de R$ 1 bilhão por ano.
Grupo Esfera apresentará a proposta em agosto aos governadores de São Paulo e Rio de Janeiro.
A proposta visa substituir multas e taxas por um contrato com remarcação gratuita, valorizando a flexibilidade que o consumidor busca.
O estudo mostra que, ao comprar uma passagem, o cliente com “tranquilidade psicológica” pode ter sua disposição a pagar aumentada.
As simulações indicam que as empresas podem cobrar mais pela passagem regular, já que o preço incluirá um “seguro”.
Flexibilidade leva os consumidores a comprarem passagens com antecedência, beneficiando financeiramente as empresas.
Cenários de receita esperada:
- Cenário básico: rentável se o risco de emergência for de 10% ou menor.
- Cenário intermediário: receitas substancialmente superiores ao modelo tradicional, com ganhos de até 40% quando a probabilidade de alteração é baixa (menos de 0,5%).
- Cenário otimista: aumento na receita por cliente podendo chegar a mais de 73% com probabilidade de alteração de 0,5%.
Brasil tem cerca de 400.000 a 600.000 novos processos por ano relacionados a companhias aéreas.
As principais causas da judicialização incluem:
- Modificações de voo.
- Problemas com bagagens.
- Outras questões de atendimento.
A proposta inclui cláusulas de resolução extrajudicial e deve ser implementada de forma gradual e voluntária, evitando imposições regulatórias.