Estudo do IBGE aponta que 59 milhões de pessoas no país vivem em ruas sem árvores
Estudo do IBGE revela que 33,7% da população brasileira vive em ruas sem árvores, evidenciando desigualdades na arborização urbana. Enquanto estados do Centro-Oeste se destacam pela alta porcentagem de arborização, Sergipe apresenta a menor taxa do país.
Em 2022, o Brasil contava com 58,7 milhões de pessoas vivendo em ruas sem árvores, de acordo com a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, do IBGE.
Isso representa 33,7% dos 174,1 milhões de moradores analisados. 114,9 milhões (ou 66%) residiam em ruas arborizadas.
Este levantamento considerou 63,1 milhões de domicílios (69,56% do total no Brasil) e 174,1 milhões de pessoas, o que equivale a 85,75% da população brasileira no Censo 2022.
Das pessoas em ruas com árvores, 48,6% moravam em áreas com cinco ou mais árvores; 31% tinham apenas uma ou duas.
Segundo Maikon Novaes, do IBGE, há grandes disparidades na arborização, com metrópoles sendo menos arborizadas que outras áreas urbanas.
No ranking dos estados, Sergipe tem a menor porcentagem de ruas arborizadas (38,6%) e Mato Grosso do Sul a maior (92,5%).
Sete estados têm menos de 50% da população em ruas com árvores, incluindo Acre (42,1%) e Amazonas (44,6%), mesmo com parte da Amazônia em seu território.
Os estados do Centro-Oeste e Paraná apresentam os maiores índices de arborização, com 82,6%.
Entre cidades com mais de 100 mil habitantes, São José (SC) é a menos arborizada (15,1%) e Maringá (PR) a mais (98,6%). Entre as capitais, destaca-se Campo Grande (MS) com 91,4%.
O IBGE ressalta a importância da arborização para o bem-estar da população, reduzindo a amplitude térmica e ilhas de calor, melhorando a qualidade do ar e diminuindo riscos de deslizamentos.