Estudante de Harvard, futura rainha da Bélgica se vê ameaçada por veto de Trump a alunos estrangeiros
Medida do governo Trump gera incerteza para a princesa Elisabeth e outros estudantes internacionais em Harvard. Universidade processa o Executivo, alegando que as restrições são ilegais e prejudiciais à sua missão acadêmica.
A princesa Elisabeth da Bélgica, de 23 anos, enfrenta incertezas devido às novas restrições do governo de Donald Trump a estudantes estrangeiros em Harvard.
Recentemente, Trump revogou a autorização da universidade para matrícula de estudantes internacionais, obrigando-os a se transferir ou perder o status legal nos EUA.
Um juiz federal impediu o governo de cancelar vistos de estudantes até que um processo judicial relacionado seja concluído. O governo Trump já prendeu estudantes por críticas à política israelense e cancelou vistos de milhares de alunos por envolvimento em manifestações ou históricos criminais.
O porta-voz do Palácio Real Belga, Lore Vandoorne, declarou que a situação de Elisabeth está sendo avaliada e que os impactos da decisão do governo Trump ainda não estão claros.
Elisabeth, herdeira do trono belga, estuda políticas públicas em um programa de mestrado de dois anos na Harvard. Antes, obteve um diploma em história e política na Universidade de Oxford.
Harvard considera a ação do governo uma retaliação ilegal e processou o Executivo. O governo, por sua vez, cortou contratos e repasses federais à universidade, ameaçando sua principal fonte de renda. Estudantes internacionais representam 27% dos alunos de Harvard.
De acordo com o Departamento de Segurança Nacional, a decisão surgiu após a recusa de Harvard em fornecer dados detalhados sobre estudantes estrangeiros.
Harvard afirma estar comprometida em manter sua diversidade estudantil, ressaltando que a ação do governo pode causar danos sérios à missão acadêmica.