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Estiagens e enchentes desafiam modelo dos contratos de saneamento, diz CEO da Aegea

Eventos climáticos extremos desafiam concessões de saneamento no Brasil, revela CEO da Aegea. Radamés Casseb alerta para a necessidade de ajustes nos contratos para enfrentar as incertezas climáticas.

Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, estão desafiando o modelo de contratos de concessão no setor de saneamento básico no Brasil, afirma Radamés Casseb, CEO da Aegea Saneamento.

A Aegea, maior operadora privada do setor, alerta que esses fenômenos representam riscos à infraestrutura e à viabilidade econômica dos projetos.

Casseb destaca, em entrevista ao EXAME INFRA, que alterações climáticas, como enchentes históricas e secas prolongadas, não estavam previstas nos contratos.

A Aegea, presente em 766 cidades e com investimentos de R$ 45 bilhões até 2033, está adaptando suas operações para lidar com a crise climática.

O CEO relata que a estiagem demanda investimentos em captação de água de mananciais distantes, enquanto a elevação do nível dos rios requer adaptações urgentes na infraestrutura.

Em abril, a empresa venceu o leilão para administrar o saneamento de 99 dos 144 municípios do Pará, com a meta de universalizar o abastecimento de água até 2033.

Embora a Aegea tenha investido mais de R$ 5 bilhões no estado do Rio de Janeiro, apenas 18% da população do Rio Grande do Sul possui cobertura de esgoto. Casseb ressalta a importância de inclusão social e mobilização para transformar o saneamento em vetor de desenvolvimento.

O CEO defende a necessidade de contratos mais flexíveis que incluam mecanismos de compartilhamento de riscos, comparando com renegociações em outros setores.

Por fim, a Aegea se prepara para implementar um projeto em Belém, beneficiando mais de 120 mil pessoas com melhorias em água e esgoto, afirmando que o legado da empresa é garantir acesso à água limpa e revitalizar o meio ambiente.

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