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Esteves, do BTG, tenta convencer grandes bancos a usar fundo para reduzir perdas com Master

André Esteves busca apoio dos maiores bancos privados para evitar a liquidação do Banco Master. Reuniões com o Banco Central visam encontrar soluções que minimizem riscos ao sistema financeiro e ao Fundo Garantidor de Crédito.

BRASÍLIA E SÃO PAULO - André Esteves, principal acionista do BTG, busca apoio dos três maiores bancos privados do Brasil — Itaú, Bradesco e Santander — para uma solução envolvendo o Banco Master. A proposta envolve uma linha emergencial do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que ajudaria o comprador do Master a cumprir obrigações de curto prazo.

A proposta de compra do Master pelo Banco de Brasília (BRB), anunciada em 28 de março, está sob discussão do Banco Central para evitar uma liquidação. Três cenários estão sendo considerados:

  • Socorro por meio da linha do FGC.
  • O BRB retirar a proposta ou o BC barrar o negócio.
  • BTG avançar sozinho sobre os ativos do Master.

Executivos dos bancos e o presidente do BC, Gabriel Galípolo, se reuniram para discutir a situação e uma nova reunião está agendada. O BC declarou que realiza reuniões periódicas sobre estabilidade financeira.

Uma liquidação do Master pode gerar perdas para o FGC e afetar a confiança no sistema bancário, levando a um bloqueio de financiamentos. Os controladores dos bancos mencionados afirmam aceitar a solução com o BRB, mas Esteves quer evitar a predominância de um banco estatal no mercado.

Outra possibilidade é que o BTG adquira uma parte dos ativos do Master, focando em precatórios com potencial de retorno em breve. O banco Master tem R$ 16 bilhões em CDBs vencendo este ano, sendo que R$ 7,6 bilhões são ainda no primeiro semestre.

O FGC funciona com 0,01% dos depósitos bancários, e precisa do aval dos grandes bancos para apoio. Se o BRB operar sozinho, R$ 23 bilhões em ativos do Master seriam deixados de lado, enquanto o banco busca liquidez em parceria com o BRB.

Além disso, há propostas para aumentar as contribuições dos bancos que promovem o **FGC** em sua captação de CDBs. Essa mudança visa proteger o fundo e garantir que não sofra perdas excessivas, evitando que as plataformas de distribuição apenas promovam títulos associados ao FGC sem responsabilidade.

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