Estamos próximos do pleno emprego, diz Galípolo
Gabriel Galípolo destaca que o Brasil está próximo do pleno emprego, com a taxa de desocupação em 6,8%. O presidente do Banco Central alerta sobre a necessidade de medidas anticíclicas para conter a inflação em um cenário de aquecimento econômico.
Brasil próximo do pleno emprego
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o país está próximo do pleno emprego, com a taxa de desocupação em 6,8% no último trimestre até fevereiro, comparado à mínima histórica de 6,1% em novembro.
Em audiência na CAE do Senado, Galípolo destacou que o PIB cresce mais de 3% ao ano há 4 anos, impulsionado pela produtividade na agricultura e um mercado de trabalho robusto.
O aquecimento do mercado de trabalho afetou setores como serviços e indústria. Galípolo ressaltou: “Há um dinamismo bastante acentuado da economia brasileira”, e que a renda das famílias subiu 22% desde 2021.
A taxa de crédito bancário aproxima-se de 55% do PIB, indicando um crescimento significativo. Galípolo ainda advertiu sobre a necessidade de políticas anticíclicas para evitar pressões inflacionárias.
A inflação oficial em março foi de 5,48%, já acima da meta de 3%. O Banco Central indicou que vai descumprir a meta de inflação e sinalizou novas altas na Selic, podendo chegar a 15%, o maior nível desde 2006.
Atualmente, o Copom tem maioria de integrantes nomeados por Lula, e a alta da Selic foi atribuída pela Fazenda a Roberto Campos Neto, ex-presidente do BC. Galípolo se disse protagonista nas decisões de alta.
Um grupo de 6 pessoas protestou durante a audiência pública contra a PEC 65/2023, que visa aumentar a autonomia do Banco Central, utilizando adesivos com a mensagem: “Por um Banco Central para o povo. Não para o rentismo”.