Estados Unidos vão revogar ‘agressivamente’ os vistos de estudantes chineses, diz Marco Rubio

Estados Unidos revogam vistos de estudantes chineses

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou em 28 de setembro que os EUA vão revogar “agressivamente” os vistos de estudantes chineses, especialmente aqueles ligados ao Partido Comunista Chinês ou atuando em “áreas críticas”.

O Departamento de Estado revisará os critérios de concessão de vistos para aumentar o escrutínio sobre solicitações da China e Hong Kong.

A China, o segundo maior país de origem de estudantes internacionais nos EUA, conta com mais de 270 mil estudantes no ano letivo 2023-2024. As universidades americanas se beneficiaram ao atrair alunos talentosos, embora exista preocupação sobre o recrutamento de cientistas pelo governo chinês.

Autoridades republicanas pressionam universidades a cortar laços com instituições chinesas. Em 2022, um relatório indicou que financiamentos de defesa estavam destinados a parcerias de pesquisa com o governo chinês. O Departamento de Segurança Interna já havia levantado questões similares sobre a Harvard.

A medida contra estudantes chineses retoma a prioridade do governo Trump em restringir laços acadêmicos, com ações anteriores visando cancelar vistos de estudantes com vinculações militares. Além disso, o Departamento de Educação investigou financiamento estrangeiro em universidades americanas.

Em 27 de setembro, o Departamento de Estado suspendeu novas entrevistas para vistos estudantis, preparando uma triagem rigorosa nas redes sociais de estrangeiros. Esse cenário gera insegurança entre alunos, especialmente após casos de deportação envolvendo estudantes que participaram de protestos.

Cerca de 1,1 milhão de estudantes internacionais estiveram nos EUA no ano passado, representando uma importante fonte de receita para as universidades.