Estados Unidos consideram ‘inaceitável’ resposta do Hamas a proposta de cessar-fogo em Gaza
Hamas propõe trocas de reféns em resposta à trégua dos EUA enquanto Israel e ONU alertam para uma crise humanitária crescente. A situação em Gaza se agrava, com ameaças de "aniquilação" e perigo de fome extrema para a população.
Hamas enviou resposta à proposta de trégua dos EUA neste sábado (31), mas o enviado americano, Steve Witkoff, considerou-a “inaceitável” e acusou o grupo de atrasar as negociações.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apoiou Witkoff, afirmando que o Hamas rejeita a trégua proposta.
Na resposta, o Hamas destacou uma posição positiva, mas condicionada a:
- cessar-fogo permanente
- retirada total das forças israelenses da Faixa de Gaza
O Hamas se declarou disposto a libertar dez reféns vivos e entregar os corpos de 18 vítimas em troca de prisioneiros palestinos. A proposta dos EUA sugere uma trégua de 60 dias, com trocas sucessivas de reféns.
Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.218 pessoas em Israel, a ofensiva israelense resultou em mais de 54 mil palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, advertiu que o Hamas deve aceitar a proposta dos EUA ou enfrentará "aniquilação". O Hamas reafirmou seu objetivo de:
- cessar-fogo definitivo
- retirada das tropas israelenses
- ampliação da ajuda humanitária
A situação humanitária em Gaza é alarmante, com a ONU classificando o local como “o lugar com mais fome do mundo”. Apesar de os EUA afirmarem que Israel aceitou a proposta, o governo israelense ainda não confirmou publicamente.
O exército de Israel, por sua vez, informou que projéteis lançados de Gaza atingiram áreas despovoadas, enquanto as operações militares continuam com o objetivo de eliminar o Hamas e libertar os últimos reféns.