Estados mais expostos ao mercado dos EUA podem perder mais de R$ 19 bi com tarifaço
Novas tarifas de importação dos EUA podem resultar em prejuízos significativos para a economia brasileira, com estados como Ceará e Espírito Santo enfrentando as maiores perdas. A Confederação Nacional da Indústria destaca a urgência de diversificação das exportações e acordos comerciais para mitigar os impactos.
Novas tarifas de importação dos EUA impactarão a economia brasileira
A nova rodada de tarifas de importação anunciada pelos Estados Unidos, a entrar em vigor em 1º de agosto, causará um impacto potencial superior a R$ 19 bilhões na economia de diversos estados brasileiros, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Medida considerada agressiva e protecionista poderá afetar principalmente regiões com forte dependência comercial dos EUA. Os estados mais expostos incluem:
- Ceará: 44,9% das exportações para os EUA. Prejuízo estimado: R$ 190 milhões.
- Espírito Santo: 28,6% das vendas externas. Prejuízo estimado: R$ 605 milhões.
- Paraíba: 21,6% das exportações, com foco em alimentos. Prejuízo estimado: R$ 101 milhões.
- São Paulo: 19% das exportações totais. Prejuízo estimado: R$ 4,4 bilhões.
Outros estados também terão perdas significativas:
- Rio Grande do Sul: perda de R$ 1,91 bilhão.
- Paraná: perda de R$ 1,91 bilhão.
- Santa Catarina: perda de R$ 1,7 bilhão.
- Minas Gerais: perda de R$ 1,6 bilhão.
- Amazonas: queda do PIB de 0,67%, perda de R$ 1,1 bilhão.
- Pará: perdas estimadas em R$ 973 milhões.
- Bahia: R$ 404 milhões; Pernambuco: R$ 377 milhões.
Cinco estados têm impacto mais discreto, com perdas inferiores a R$ 40 milhões. A necessidade de diversificação de mercados e produtos é ressaltada pela CNI, além da pressão ao governo federal para buscar acordos comerciais mais sólidos.