HOME FEEDBACK

Estados dos EUA entram com ação judicial para suspender tarifas de Trump

Doze estados dos EUA contestam tarifas de Donald Trump, alegando abuso de poder ao declarar emergência nacional. A situação está sendo analisada por um tribunal federal e pode impactar a política comercial do ex-presidente.

Doze estados norte-americanos pediram, nesta quarta-feira (21), a um tribunal federal a suspensão das tarifas recíprocas anunciadas por Donald Trump no mês passado.

Os procuradores-gerais, incluindo os de Nova York, Illinois e Oregon, alegam que Trump extrapolou sua autoridade ao declarar emergência nacional para impor tarifas sobre importações de países com superávit comercial em relação aos EUA.

O caso está sendo analisado por um painel de três juízes do Tribunal do Comércio Internacional, em Manhattan. Os estados afirmam que Trump busca um "cheque em branco" para regular o comércio.

Os procuradores argumentam que a Lei dos Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA) não autoriza tais ações sem uma emergência específica. O advogado Brian Marshall destacou que um presidente não pode usar tarifas como instrumento de barganha.

Trump justificou as tarifas alegando que o déficit comercial dos EUA constitui uma emergência nacional. No entanto, os estados contestam essa visão, argumentando que o déficit não configura uma emergência.

Na semana passada, o mesmo painel analisou um caso similar de cinco pequenas empresas. O Departamento de Justiça defende que a ação dos estados seja rejeitada, alegando falta de prejuízos concretos.

Trump impôs tarifas sobre produtos da China, México e Canadá em fevereiro e uma tarifa geral de 10% em abril. Muitas tarifas foram suspensas ou reduzidas temporariamente durante negociações comerciais.

Esta ação está entre pelo menos sete processos judiciais contra a política tarifária de Trump. Califórnia moveu ação separada em São Francisco, enquanto outros processos foram feitos por empresas e organizações.

As decisões do tribunal podem ser contestadas no Tribunal de Apelações dos EUA e, potencialmente, na Suprema Corte dos EUA.

Leia mais em globo