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Esquema no INSS: como funcionava a fraude nos descontos em aposentadorias

Operação desvenda esquema de descontos fraudulentos que acomete aposentados. Seis servidores do INSS foram afastados e investigações seguem para identificar todos os envolvidos.

Operação Sem Desconto deflagrada pela Polícia Federal em 23 de agosto investiga descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

O prejuízo estimado aos beneficiários é de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

A operação, com apoio da CGU, resultou no afastamento de seis servidores, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Foi realizada em 14 estados, como São Paulo, Minas Gerais, e Rio Grande do Sul.

O esquema envolvia descontos associativos em folha sem consentimento dos beneficiários, com entidades de classe firmando convênios com o INSS.

Cerca de 80% dos descontos foram feitos por entidades sob investigação. O ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, informou que as cobranças irregulares aumentaram significativamente nos últimos anos.

A maioria dos aposentados não tinha conhecimento sobre a filiação a essas associações e muitas entidades não prestavam os serviços prometidos.

O INSS deveria verificar se os requisitos legais para os descontos estavam sendo cumpridos. A investigação revela indícios de facilitação por parte de alguns servidores.

Entre os afastados estão o diretor de Benefícios, o procurador-geral do INSS, além de um agente da Polícia Federal.

A operação resultou na apreensão de bens, incluindo carros de luxo e dinheiro em euros e dólares. O Estado poderá ser responsabilizado pelos danos causados aos aposentados.

Algumas entidades adquiriram patrimônio com recursos desviados, que poderão ser usados para ressarcir os beneficiários prejudicados.

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