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‘Espionagem da Abin reabre velhas feridas e retoma à guerra’, diz presidente do Paraguai

Santiago Peña critica espionagem da Abin como um ato que revive traumas históricos entre Brasil e Paraguai. O presidente paraguaio pede explicações e reitera a necessidade de construir um relacionamento baseado em amizade e parceria.

Presidente paraguaio Santiago Peña criticou a espionagem da Abin nesta sexta-feira (4), afirmando que reabre “velhas feridas” da história do Paraguai desde a guerra da Tríplice Aliança (1864-1870).

Peña recordou que o Brasil liderou a aliança que devastou seu país, causando cerca de 280 mil mortes, incluindo muitos civis. “Essas feridas que buscamos curar são reabertas por essa situação”, disse ele.

Em declarações à rádio Mitre e durante uma cerimônia pública, Peña lamentou a espionagem, ressaltando a preocupação com operações de inteligência de um “vizinho” e pediu informações sobre o tema.

Peña revelou que a situação é crítica e vai além de sua relação com o presidente Lula, com quem ainda não conversou sobre o assunto. Ele abriu uma investigação cibernética interna e enfatizou a necessidade de um relacionamento de amizade e parceria para um Mercosul mais forte.

A nota do Itamaraty confirmou que a espionagem foi autorizada no governo de Jair Bolsonaro e foi suspensa por Lula ao tomar ciência, há dois anos.

Esse incidente é o segundo conflito diplomático entre Brasil e Paraguai em um mês. O primeiro foi a falta de apoio a Lezcano para a OEA, onde países da região optaram por apoiar o candidato do Suriname, Albert Ramdin.

*Com informações do Estadão Conteúdo. Publicado por Sarah Paula.

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