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Espanha pretende desclassificar documentos secretos da ditadura franquista

Governo espanhol busca promover transparência histórica ao desclassificar documentos da ditadura franquista. A proposta, que deve ser aprovada pelo Congresso, visa adaptar a legislação aos padrões europeus e garantir direitos às vítimas de violação de direitos humanos.

Governo espanhol aprova projeto de lei para desclassificar documentos da ditadura de Francisco Franco, quase 50 anos após sua morte.

A proposta, aprovada em 22 de outubro, irá substituir a Lei de Segredos Oficiais de 1968.

O ministro de Justiça, Félix Bolaños, afirmou: "Desclassificação automática de toda a documentação classificada de mais de 45 anos".

A lei, se aprovada pelo Congresso, abrirá o acesso a documentos da ditadura e do período de Transição, que garantiu a democracia após 1975.

Planeja-se adaptar a legislação espanhola aos padrões europeus e promover maior transparência.

Reformas anteriores à lei de 1968 falharam, especialmente a última, iniciada em 2020.

O novo texto permitirá a desclassificação, exceto em casos de "ameaça à segurança nacional" e protegerá documentos sobre "violações dos direitos humanos".

A Anistia Internacional elogiou a aprovação, pedindo que se deixe de lado diferenças políticas para acelerar a aprovação no Parlamento.

A ONG acredita que esta lei pode "mudar a história" e avançar na justiça para vítimas de violações de direitos humanos.

Franco governou a Espanha por quase 40 anos, e nenhum membro do regime foi julgado após sua morte devido à anistia.

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