Espanha e Portugal retornam progressivamente à normalidade após apagão
O fornecimento de energia na Espanha e em Portugal é quase totalmente recuperado após um apagão sem precedentes. Autoridades investigam as causas do evento, que afetou milhões e gerou grandes transtornos na infraestrutura.
Restabelecimento de energia elétrica quase completo na Espanha e Portugal em 29 de outubro, após apagão de 10 a 20 horas.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que 99,95% da demanda energética foi restabelecida e agradeceu a "responsabilidade e civismo" da população.
Em Portugal, a rede estava "perfeitamente estabilizada", segundo o operador REN.
Na Espanha, a volta da eletricidade permitiu a retomada do tráfego ferroviário em rotas importantes como Madri-Barcelona e Madri-Sevilha, mas algumas linhas permaneciam suspensas.
Sánchez afirmou que as causas do apagão ainda são desconhecidas e não se pode descartar "nenhuma hipótese". O líder mencionou a perda repentina de 15 gigawatts, equivalente a 60% da demanda nacional.
Na segunda-feira, o apagão deixou a Península Ibérica no escuro, causando caos no trânsito e dificuldades de comunicação.
O administrador das infraestruturas ferroviárias suspendeu os serviços e pediu que a população evitasse as estações.
Sánchez destacou que o apagão afetou milhões de pessoas e causou perdas econômicas significativas. Ele também pediu para limitar o uso de celulares, reforçando a fragilidade das telecomunicações no momento.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que não há indícios de ciberataque. As centrais nucleares pararam automaticamente devido à falta de abastecimento elétrico.
O tráfego aéreo também foi severamente impactado, especialmente em Madri, Barcelona e Lisboa, conforme relatado pelo Eurocontrol.
Outros países, como Tunísia, Sri Lanka, Argentina, Uruguai e Índia, já enfrentaram apagões significativos em anos anteriores.