Escultura na Times Square chama atenção e gera reações racistas
A escultura Grounded in the Stars provoca reações intensas e divide opiniões sobre a representação de mulheres negras na arte pública. O debate ressalta tensões sobre diversidade, inclusão e a memória histórica nos Estados Unidos contemporâneos.
A escultura de bronze, de 3,6 metros, representa uma mulher negra anônima e foi erguida na Times Square no mês passado.
O debate desencadeado reflete discussões sobre monumentos públicos e a disputa política sobre diversidade e raça nos EUA.
Um colunista da Fox News questionou a instalação da estátua, chamando-a de "mulher negra zangada" e criticando seu valor.
O apresentador Jesse Watters afirmou que a escultura representa uma "estátua do DEI" (diversidade, equidade e inclusão).
As reações incluem críticas sobre estereótipos e sobre a qualidade da obra, além de comentários racistas nas redes sociais.
A obra, chamada Grounded in the Stars, foi criada por Thomas J. Price e será exibida até 17 de junho.
A placa ao lado da escultura desafia a ideia de "quem deve ser imortalizado" e destaca o contraste com monumentos de figuras brancas e masculinas.
A diretora da Times Square Alliance, Jean Cooney, afirmou que a escultura gera um diálogo crítico e provoca reflexões sobre a herança comum.
Patricia Eunji Kim, historiadora da arte, ressaltou que os monumentos geram envolvimento emocional e levantam questões sobre uso de recursos públicos.
Apesar das críticas, Grounded in the Stars não é tecnicamente um monumento, mas sim uma crítica aos monumentos tradicionais.
A discussão reflete mudanças no discurso público durante o governo Trump, com a sigla DEI se tornando alvo político.
O clima político tem gerado reações racistas, enquanto a escultura busca desafiar a imagem tradicional da arte.
Embora alguns críticos sejam pessoas negras, outros veem a obra como uma representação empoderadora das mulheres negras.
Price comentou o debate através das redes sociais, retratando duas reações opostas à escultura.
T.K. Smith, curador cultural, destacou a necessidade de abordar feridas abertas para promover curas sociais.