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Escritórios de advocacia de elite se curvam a Trump e aceitam trabalhar de graça

Juristas criticam ações de escritórios de advocacia que cedem a pressões do governo Trump. Acordos sigilosos levantam preocupações sobre a proteção de direitos constitucionais e o futuro do Estado de Direito nos EUA.

Escritórios de advocacia de elite dos EUA expressam preocupação com exigências do governo Trump que, segundo críticos, violam direitos constitucionais e ameaçam o Estado de Direito.

Nove escritórios prestigiosos já assinaram acordos com a Casa Branca, comprometendo-se a interromper programas de diversidade e inclusão e oferecendo serviços jurídicos avaliados em US$ 940 milhões.

Esses acordos, que permanecem sigilosos, podem envolver a defesa de Trump em processos criminais e disputas tributárias com outros países. O professor de direito constitucional Cássio Casagrande destaca a falta de clareza sobre as causas defendidas, que podem incluir temas polêmicos como aborto e direito às armas.

Os acordos surgiram após sanções impostas pelo governo Trump, que barraram esses escritórios de negociar com o governo federal, dificultando seu trabalho habitual.

Entre os escritórios que assinaram, estão:

  • Kirkland & Ellis
  • Latham & Watkins
  • A&O Shearman
  • Simpson Thacher & Bartlett
  • Cadwalader, Wickersham & Taft
  • Milbank
  • Paul, Weiss
  • Skadden, Arps
  • Willkie Farr & Gallagher

Essas firmas têm histórico de atuação em casos de alto impacto judicial, muitos deles levados à Suprema Corte. Contudo, devido à pressão do governo, elas enfrentam dificuldade em manter suas operações.

Alguns advogados acreditam que a ofensiva de Trump busca intimidar aqueles que se opõem ao governo. A WilmerHale, que processou a Casa Branca por violação da Primeira Emenda, argumenta que os decretos discrimina suas atividades e ferem direitos de liberdade de expressão e associação.

Em março, a WilmerHale e o Jenner & Block conseguiram uma liminar suspendendo parcialmente os efeitos dos decretos. O assunto pode chegar à Suprema Corte, composta em sua maioria por juízes conservadores indicados por Trump.

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