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Escobar Phone: celular era fachada para golpe milionário em escala global, e CEO pode pegar até 100 anos de prisão nos EUA

Idealizador do golpe Escobar Phone confessa culpa em tribunal dos EUA. Olof Gustafsson enfrenta até 20 anos de prisão por fraudes e lavagem de dinheiro, com indenizações de US$ 1,3 milhão previstas para as vítimas.

A saga do Escobar Phone, um dos golpes mais estranhos no mundo da tecnologia, teve um desfecho esta semana.

O sueco Olof Kyros Gustafsson, de 32 anos, confessou culpa a Justiça dos EUA por seis crimes federais, incluindo fraude eletrônica e lavagem internacional de dinheiro.

Gustafsson era CEO da Escobar Inc., empresa que alegava ter direitos sobre o legado de Pablo Escobar. Entre 2019 e 2023, ele promoveu produtos tecnológicos falsos, como smartphones dobráveis e uma criptomoeda física, que nunca foram entregues.

O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) revelou que ele usou um esquema sofisticado de fraude, relançando produtos como o Samsung Galaxy Fold sob a marca “Escobar”, vendendo a preços muito baixos. O Escobar Fold 1 foi oferecido por US$ 349, enquanto o concorrente custava quase cinco vezes mais.

Confissão e prejuízo: Gustafsson admitiu que os produtos nunca foram entregues. O DOJ estima que o golpe causou um prejuízo de pelo menos US$ 1,3 milhão.

Marketing Fraudulento: Gustafsson enviou amostras disfarçadas para influenciadores, como Marques Brownlee, para criar credibilidade. O Escobar Fold 2, embora entregue, era, na verdade, um Galaxy Fold disfarçado.

O DOJ afirmou que os aparelhos eram enviados para influenciadores para induzir compras, enquanto os clientes não recebiam produdos, mas apenas certificados de propriedade.

Lavagem de Dinheiro: Gustafsson movimentou lucros ilícitos através de contas em vários países, escondendo a origem dos valores. Ele foi preso em dezembro de 2023 e extraditado para os EUA em março de 2025.

Esta semana, ele admitiu culpa em tribunal da Califórnia, enfrentando até 20 anos de prisão por cada crime de fraude e 10 anos por lavagem. Como parte do acordo judicial, ele pagará até US$ 1,3 milhão em restituições às vítimas.

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